Conselho Deliberativo aprova orçamento para 2022 e obras na Antiga Sauna e no Bar do Farol

O plenário do Conselho Deliberativo aprovou, com ajustes, a proposta orçamentária para o exercício de 2022. Na reunião, realizada na última quarta-feira (15), os conselheiros autorizaram a reforma do restaurante do Bar do Farol e a readequação da Antiga Sauna para espaço multiuso de atletas jovens e adultos, com centro de fortalecimento muscular, ginástica funcional, pilates e RPG.

Para detalhar e facilitar o entendimento de toda a estrutura do orçamento do Clube, os integrantes Eunice Maria Machado Malvar, Maurício Carneiro de Albuquerque e o presidente da comissão responsável por analisar a peça orçamentária, João Wellisch, elaboraram uma apresentação virtual ao colegiado. Na composição das receitas correntes, que envolvem recursos da ordem de R$ 53 milhões, explicou que houve a necessidade de reajustar valores aplicados em 2021, conforme sugestões enviadas pela Administração.

Na outra ponta, Wellisch apontou que, ao examinar as despesas de custeio, constatou-se um desequilíbrio entre os elementos de gastos, especialmente no comparativo entre os valores orçados para 2019 e 2021. “Observa-se um crescimento negativo das despesas de manutenção e operação do Campus e evolução significativa nas despesas com pessoal e com eventos. Após apuração da Comissão de Orçamento, fomos informados que grandes festejos, como Réveillon, Baile de Aniversário do Clube e Festa Junina, têm dado prejuízos em vez de lucros”, salientou.

Aprovado por unanimidade, o parecer da Comissão de Orçamento manteve a revisão de 15% nos valores das contribuições fixas e variáveis, elevando a contribuição de manutenção de sócios patrimoniais de R$ 495 para R$ 569,25, em 2022, conforme proposta do Conselho Diretor. Outra proposta apresentada que não sofreu alteração foi a que reajusta em 19% a mensalidade da academia, que passará a ser de R$ 179.

Membro da comissão orçamentária, o conselheiro Maurício de Albuquerque ressaltou que a tarifa da academia não está atrelada ao reajuste na contribuição de manutenção paga pelo associado. “A proposição dos gestores, que conhecem a realidade financeira do espaço, é razoável. Nossa obrigação é prescrever sempre o que for mais sustentável para o Clube”, pontuou.  

A necessidade de redução no orçamento previsto para serviços pagos pelo Iate por RPA, instrumento de pagamento de serviços e vendas prestadas por pessoas físicas ao Clube, foi detalhado no parecer aprovado. A Comissão de Orçamento esclareceu que limitar os pagamentos por RPA e estabelecer o percentual de reajuste da remuneração dos colaboradores em 6% gera uma economia de R$ 1,08 milhão nas despesas com pessoal. “Nossa preocupação é que o uso recorrente do RPA gere passivos trabalhistas. Por isso, incentivamos que as contratações de prestadores de serviço sejam feitas via PJ (pessoa jurídica)”, explicou Maurício de Albuquerque.  

Também aprovada pelo plenário do Conselho Deliberativo, a redução de 15% nos recursos destinados às despesas operacionais, com corte pela metade nos gastos com alimentação e bebidas para eventos sociais – de R$ 1,1 milhão para R$ 583 mil, permitiu enxugar o valor de algumas taxas e contribuições.

O presidente da Comissão de Orçamento, João Wellisch, salienta que esse ajuste no aporte de recursos operacionais possibilitou a isenção da taxa de transferência de compra de títulos para filho(a) ou enteado(a) de sócio, ao valor simbólico de R$ 1. Inicialmente, o Conselho Diretor previa, no orçamento aprovado de 2021, reajuste de R$ 5 mil para R$ 15 mil.

“Vale ressaltar que também propusemos e aprovamos uma diminuição expressiva da contribuição dos dependentes. Temos nos empenhado em propiciar, em especial aos jovens, um ambiente adequado para permanecer e/ou regressar ao quadro social. Por isso, entendemos que temos a obrigação de oferecer não apenas atividades e infraestrutura adequadas, mas condições justas de cobrança”, justifica.

Veja tabela abaixo que compara os valores propostos pelo Conselho Diretor e os que foram ratificados pelo Conselho Deliberativo, válidos para 2022.

 

 

Wellisch complementa que o esforço conjunto de todos os conselheiros resultou no abatimento da cobrança da Contribuição de Aplicação Patrimonial e, paralelamente, na liberação de mais recursos para obras no Clube. “Conseguimos reduzir a contribuição patrimonial de R$ 119, como propunha o Conselho Diretor, para R$ 105,33 e incluir mais obras e investimentos no orçamento, como a recuperação do prédio da Antiga Sauna, sem colocar em risco a saúde financeira do clube. Isso significa que o sócio vai pagar menos e, em breve, terá mais benefícios e espaços à disposição”, contextualiza.

Confira o cálculo para definição do valor da contribuição patrimonial e em quais obras/investimentos os recursos serão aplicados em 2022.

Revitalização do prédio da Antiga Sauna

O parecer da Comissão Mista, encarregada de analisar e acompanhar as diretrizes acerca da destinação da Antiga Sauna, teve o aval da maioria dos membros do colegiado. O projeto de reforma do espaço aloca R$ 600 mil do orçamento. Segundo o conselheiro Paulo Muniz, presidente do grupo de trabalho, as estruturas do prédio estão em boas condições, o que torna a obra menos complexa do que se imaginava.

“Conseguimos enxugar custos em relação ao projeto anterior. Com os recursos, serão feitos a recuperação da estrutura cilíndrica e da fachada. Um prédio histórico que faz parte da história do Iate não pode ficar escondido por tapumes, temos que resgatar a paisagem dessa área”, opinou.

Durante as discussões, o presidente do Conselho Deliberativo, Edison Garcia, lembrou que, antes de definir a destinação do edifício, foi contratada uma perícia técnica para avaliar o esqueleto do prédio e a possibilidade de seu aproveitamento. O laudo técnico, contratado pelo Conselho Diretor, indicou que a estrutura está em condições de ser mantida e reformada. Em uma etapa posterior, decidiu-se pela realização de pesquisa para ouvir a opinião do sócio.

“A maioria dos associados que se interessou pelo assunto e manifestou sua posição através da pesquisa é contrária à demolição do espaço. Portanto, não podemos ignorar isso. É preciso evidenciar também que, após consultas aos órgãos competentes, nos foi informado que, em caso de demolição, não há possibilidade de uma nova construção no lugar, já que a Orla do Paranoá se enquadra como área de preservação ambiental”, destacou Garcia.

Na ocasião, foi aprovado, através de emenda, que o prédio da Antiga Sauna seja readequado para se tornar um espaço multiuso. Inicialmente, havia uma moção para empregar R$ 1,25 milhão na construção do Centro de Treinamento Esportivo, rejeitada pelo Conselho Deliberativo. Houve consenso entre os conselheiros de que o momento não é oportuno para executar a obra por conta do impacto relevante no orçamento.

A alternativa encontrada foi adaptar a estrutura da Antiga Sauna para oferecer treinamento compartilhado de atletas e praticantes de ginástica funcional, RPG, pilates, além de atividades de fortalecimento muscular. O espaço será voltado à capacitação de esportistas, com grade horária específica. Os investimentos são da ordem de R$ 400 mil.

Outra obra que foi liberada para execução é a de readequação do Bar do Farol, ao custo de R$ 1,4 milhão. Para o presidente da Comissão de Infraestrutura, Luiz André de Almeida Reis, o projeto e a aplicação dos recursos estão bem detalhados, atendendo as normas técnicas da ABNT e da Vigilância Sanitária. “A cozinha vai cumprir todos os requisitos obrigatórios, inclusive de acessibilidade, e haverá banheiro para os funcionários, algo que não há atualmente. Nosso objetivo é recuperar um espaço que sempre foi frequentado pelos sócios, dessa vez com a operação gerida pelo próprio Clube”, apontou.

O conselheiro Maurício de Albuquerque endossou a avaliação de que o Bar do Farol é um ponto de encontro da Família Iatista e citou que o investimento retornará em forma de benefício e serviço de qualidade aos associados.

O ex-Comodoro Ennius Muniz elogiou a condução dos trabalhos, principalmente em relação à proposta orçamentária. “Apesar de divergências, prevaleceu o debate democrático. A discussão do orçamento foi muito madura. A decisão de abrir a discussão antecipadamente foi um agente facilitador, visto que os conselheiros estiveram a par de tudo e souberam detalhadamente o que seria votado”, considerou.

Muniz comemorou o veredito de não demolir o prédio da Antiga Sauna. “A pesquisa mostrou que o quadro social quer isso. Esse local remete à história de Brasília, é um patrimônio histórico do Clube e deve ser preservado”.

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