O Iate Clube de Brasília mantém uma gestão econômico-financeira firme e estratégica, amparada por planejamento orçamentário anual, que visa a sustentabilidade das operações, a minimização dos riscos, a otimização dos resultados e a perenidade da Instituição, com cumprimento integral dos preceitos legais.
Todos os dias, desde o início da Gestão 2020-2023, os Conselhos Diretor e Deliberativo lançaram um olhar atento às pessoas e zelaram pelos vínculos dos associados, atletas e funcionários com o Clube, sempre dentro das necessidades de cada público e de forma equilibrada com a capacidade financeira do Iate.
“Nesse contexto, as demonstrações de resultado e fluxo de caixa apresentam a solidez financeira apropriada para que as próximas gestões possam administrar o Clube com segurança e realizar as melhorias em infraestrutura que serão definidas pela futura gestão”, explica o Diretor Financeiro, João Alfredo Uchôa. Isso acontece porque todos os lançamentos contábeis do Iate são registrados no sistema ERP Benner pelo regime de competência, ou seja, são lançados na data do fato contábil, independente do seu efetivo pagamento ou recebimento.
Assim, para esclarecer com mais clareza o saldo bancário do Clube, primeiro é necessário demonstrar, por meio de índices financeiros, a histórica saúde financeira do Iate e a capacidade de honrar com todas as obrigações ora firmadas. Abaixo, segue ilustração com o comportamento do Índice de Liquidez Imediata no decorrer dos anos.
O Índice de Liquidez Imediata indica a capacidade que a empresa tem de honrar com todas as suas obrigações de forma imediata. O resultado demonstra que, para cada R$ 1,00 de obrigações, o Clube dispõe de R$ 1,51 para honrar o compromisso (2023).
Esse índice vem diminuindo de forma confortável e segura, dado o empenho em executar o planejamento orçamentário, a fim de não causar sobra de recursos financeiros, mas sempre agindo com prudência e conservação. Destaca-se que o índice é o menor dos últimos cinco anos, embora permaneça na variação segura.
A seguir está demonstrado o comportamento do Índice de Liquidez Corrente no decorrer dos anos.
O índice de Liquidez Corrente indica a capacidade que a empresa tem de honrar com todas as suas obrigações de curto prazo. Em outras palavras, pode-se dizer que, para cada R$ 1 de obrigação, o Clube dispõe de 2,32 de recursos de rápida monetarização/liquidez (distribuídos no grupo de bancos, estoques e contas a receber de curto prazo, entre outros) para quitá-la (2023).
Trata-se de um índice que vem se mantendo historicamente estável pelo controle na gestão de bancos, estoques e contas a receber. De acordo com o balancete, até 31 junho de 2023, os valores disponíveis em banco eram de R$ 11.354.782,81. Desse valor, R$ 734.800,15 são recursos carimbados dos projetos do Comitê Brasileiro de Clubes e R$ 7.543.974,85 em contas do passivo circulante (como fornecedores – R$ 1.985.946,26), despesas de pessoal (R$ 4.259.618,90) e encargos e obrigações fiscais (R$ 718.014,34), obrigações sindicais, cauções, créditos não identificados (R$ 370.295,15) e judiciais (R$ 210.100,20), o que gera um valor residual de R$ 830.764,59.
Ao valor residual cabe esclarecer que também é preciso considerar que o Clube tem as suas atividades acontecendo em pleno vapor e que existem despesas/obrigações assumidas e que ainda não estão registradas na execução contábil e orçamentária (como os valores comprometidos – contratos, compras em andamento, perdas de processos judiciais, cíveis e fiscais).
Por fim, para fins de ilustração, considerando a descontinuidade das atividades operacionais do Clube, o saldo aplicado em bancos pagaria as dívidas já registradas até a posição demonstrada e valores comprometidos em andamento. Sobre a ótica orçamentária, onde há as projeções de receitas e despesas para o final do exercício de 2023, é possível constatar a menor sobra orçamentária dos últimos tempos.
Em relação aos recursos em aplicações financeiras, cabe reiterar que a Diretoria Financeira administra as aplicações de recursos de acordo com a norma específica do Conselho Deliberativo, sendo conivente com a prudência dessas aplicações, dada a flexibilidade no resgate dos recursos e gestão financeira historicamente eficiente.
“Prova disso está no fato de que, em situação recente vivida por vários clubes em razão dos efeitos da pandemia da Covid-19, o Iate se sobressaiu pela administração conservadora dos recursos e pelo trabalho participativo e democrático nas elaborações e execuções do orçamento”, finaliza Uchôa