A equipe de polo aquático do Iate voltou do Mundial Master de Singapura com uma medalha de bronze na bagagem. Na memória, guardam histórias de amizade, treinos, dedicação e orgulho por vestir a camisa do Clube. No principal campeonato mundial da modalidade, eles mostraram que o entrosamento de décadas e o espírito de família são peças fundamentais para um bom desempenho. “Essa conquista realmente é gigante pela idade, pelo esforço e por ser Brasil, porque um país em desenvolvimento ganhar é raro”, celebra o técnico Oto Morato.
Para os atletas Daniel Queiroga e Gilberto Mendes, a jornada até o pódio foi conquistada com muita sinergia, irmandade e convivência. “Nós estamos juntos há 40 anos. Eu sei o que o Gilberto pensa ou o que outro parceiro quer. Isso é fundamental: essa convivência e irmandade que a gente vive. Somos quase uma família mesmo”, ressalta Daniel.
Gilberto acrescenta que a experiência de ter participado de muitos campeonatos ajudou no Mundial. “Nós sempre disputamos com os times do Rio e São Paulo. Vamos para o Sul-Americano e tudo isso vai criando uma bagagem interessante a ponto da gente chegar em um mundial que nunca tínhamos jogado”, disse. Pelo Iate, foram campeões dos Jogos Universitários Brasileiros (1995), ainda na categoria universitária. Como master, conquistaram o primeiro lugar no Pan-Americano nos Estados Unidos (2018), o vice-campeonato na Colômbia (2022) e o campeonato Sul-Americano no Chile (2019).
Durante a competição, ocorrida de 16 a 22 de agosto, o técnico norte-americano abordou Oto para perguntar sobre a equipe brasileira e ficou surpreso de estarem fora do eixo Rio-São Paulo. “Quando eu contei para ele que esse time joga junto há 30 anos, ele falou: ‘Está aí a força do seu time. Por isso que vocês chegam com qualidade de vida e com competitividade, porque se conhecem muito bem’”, relata o técnico.
A competição contou com 40 times e 16 países. Além de Daniel e Gilberto, a equipe de polo do Iate é composta por Tiago Falcão, Eduardo Peres, Leonardo Dias, Maurício Carvalho, Marcelo Lima, Alessandro Checchinato, João Ricardo Borell, Carlos Henrique, Rodrigo Koch e Raphael Teixeira. O técnico Oto Morato Alvares e o assistente José Wellington dos Santos completam o time.
Cansaço físico e preparação
Os maiores obstáculos do time foram a adaptação ao fuso horário de Singapura e o alto nível técnico do torneio. Esse último, a equipe de polo aquático vai usar como aprendizado para as próximas competições. “Quando você é mais novo, você vai evoluindo durante o campeonato. Quando é um master, você vai involuindo. Você fica mais desgastado, independente da parte física”, explica o capitão, Daniel Queiroga. “A gente se preparou dentro das possibilidades para o Mundial, mas temos que chegar ainda mais preparados.”
A próxima parada é no Master Brasília, de 30 de outubro a 2 de novembro, evento no qual eles foram campeões ano passado e vão defender o título. Daniel destaca que nada poderia ser possível sem o apoio da Vice-Diretora de esportes aquáticos, Ignez David, o Comodoro Luiz André Almeida Reis e o 2º Vice-Comodoro, Gilson Machado da Luz.
Já Gilberto dá os devidos créditos também para o maior incentivador do time. Daniel carrega o título de capitão e não é à toa: “Ele sempre foi o maior empolgado, é o nosso capitão na água e é o responsável por fazer toda essa parte de conseguir apoio, novos associados e horários na piscina. Quando começamos em 1995, no time só tinham dois sócios, hoje somos mais de 20”.
