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Histórico

O Iate Clube de Brasília está desde 1960 proporcionando o que há de melhor no segmento esportivo e cultural para o brasiliense. A história de nossa Instituição está interligada com a construção de Brasília, pois o patrono do Iate é o grande idealizador da capital federal no cerrado, Juscelino Kubitschek de Oliveira, que se referiu ao clube como sendo ‘a sala de visitas da nova metrópole’. No decorrer dessas quase cinco décadas, muitas melhorias foram realizadas para aprimorar cada vez mais a estrutura e os serviços oferecidos ao quadro social. Confira aqui um pouco da história de uma Instituição de lazer que está entre as melhores do país.

  • 1960 – 30 de abril Escolha do local das primeiras edificações a serem construídas na sede do Iate Clube de Brasília. 24 de junho  Inauguração do Iate Clube de Brasília. Na solenidade, Israel Pinheiro e Sobral Pinto. 25 de junho Inauguração da 1ª Sede Provisória, construída em madeira nas margens do Lago Paranoá. 11 de dezembro Preparativos para a realização da 1ª regata, denominada Marinha de Guerra do Brasil.
  • 1961 – 29 de janeiro Neste dia foram inaugurados o Ginásio de Esportes e a 2ª Sede Social, depois ganhou um bar e um parque infantil. Na ocasião, Juscelino Kubitschek é cumprimentado efusivamente pelos sócios. Abril Desembarque da lancha pioneira nas margens do Lago Paranoá. 23 de abril Inauguração da Piscina do Feijão. Junho Praia onde sócios passavam os finais de semana.
  • 1962 – Ano de 1962 Construção da 3ª Sede Social de Madeira. Construção do primeiro galpão de barcos da náutica. 25 de abril  À beira da piscina, sócios apreciavam a apresentação da esquadrilha da fumaça, em comemoração do 2º aniversário do Iate Clube de Brasília.
  • 1966 – Julho O velejador Cristiano da Rocha Miranda vencia, em New Jersey, Estados Unidos, o Campeonato Mundial da Classe Pinguim.
  • 1967 – Ano de 1967 Cristiano da Rocha Miranda vence o Sul-Americano da Classe Snipe.
  • 1968 – Ano de 1968 Delegação de Brasília no IX Campeonato Brasileiro da Classe Snipe, realizado na cidade de Maceió.
  • 1969 – Julho Vista da construção da sauna e da área onde seria construída a atual Sede Social.
  • 1970 – 21 de Novembro Construção da atual Sede Social.
  • 1971 – Os velejadores Cezar Castro e Mário Mendes começaram a escola de Vela Optimist no Iate Clube de Brasília. Inicialmente, foram construídos pelo funcionário Tomaz cinco barcos para turma de aproximadamente dez alunos.
Dia 30 de abril de 1960 – escolha do local para as primeiras obras do Iate Clube de Brasília.

O Plano Piloto da Nova Capital do Brasil – Brasília, ainda era um sonho, mas o arquiteto Lúcio Costa responsável pela ponte urbanística da cidade, a mando do Presidente Juscelino Kubitschek – já tinha previsto a criação de uma sociedade recreativa, à beira do futuro Lago Paranoá. Com isto em mente, às 20 horas do dia 12 de setembro de 1959 (aniversário de JK) na Sede Social do clube Paranoá (antiga Novacap, hoje, Candangolândia), onze pioneiros da construção de Brasília se reuniram com o propósito de fundar o Iate Clube de Brasília. Estes pioneiros eram: Ernesto Silva, Leo Sebastião David, Caio Brandão Caiubi, Adeildo Viegas de Lima, Aloysio de Carvalho Silva, Agnelo Paz Sobreira, Antônio Alfredo Paranaguá de Almeida Brandão, Moacir Moreira de Andrade, Eloysio de Carvalho Silva, Francisco José Meinberg e Álvaro Alberto Sampaio, que hoje, mais uma vez, conta a verdadeira história e traz à tona fatos, datas, fotos e revela os responsáveis pela transformação de um sonho em realidade.

“Era uma época de muita seca em Brasília e estávamos determinados a criar um clube do jeito que todos nós imaginávamos. Naquela mesma noite, convocamos o Dr.Ernesto Silva, que era um dos diretores da Terracap, para coordenar os nossos trabalhos, sendo eu convidado para secretariar a reunião e anotar todas as providências necessárias para organizar, juridicamente o desejado Clube, sendo uma associação civil por cotas, sem fins lucrativos ou políticos, com o objetivo principal de estimular e desenvolver os esportes náuticos entre os associados. Em seguida, elegemos uma comissão organizadora responsável pelo “caminhar” do Clube, até que se atingisse um total de cinqüenta sócios proprietários quando, então, seria convocada uma Assembléia Geral, para a eleição de uma Diretoria e dos Conselhos Deliberativo e Fiscal.

Vista parcial das primeiras obras do Iate, em dezembro de 1960
Vista parcial das primeiras obras do Iate, em dezembro de 1960.

A sede provisória ficou sendo o número 2125, da Avenida Central, do Núcleo Bandeirante, antiga Cidade Livre sendo que o Estatuto do Iate Clube de Brasília, foi registrado pelo Fundador Agnelo Paz Sobreira, no dia 17 de setembro de 1959, no Cartório da Comarca de Planaltina livro B1, sob o número 19 e publicado no Diário Oficial do Estado de Goiás, no dia 19 de setembro de 1959, às folhas 2, 3,4 e 5. Nessa época, lembro-me, os pioneiros , ou candangos como eram chamados, trabalhavam vinte e quatros hora por dia, em três turnos de oito horas, até mesmo nos sábados, domingos e feriados, para que Brasília – sonhada pelo Padre Bosco – pudesse ser realidade inegável, sob a grande força propulsora trazida constantemente a este local, pelo espírito inconfundível do Presidente Juscelino Kubitschek. Tudo era poeira e progresso, e orgulhosos, vivíamos sob um slogan “Enquanto você dorme, Brasília cresce”. O local do futuro Iate era, como não poderia deixar de ser, puro mato. Em nossas mentes, muitos projetos. Mas foi logo após a inauguração de Brasília (21.04.1960), que fomos procurados pelo Sylvio Pedroza, então sub-chefe da Casa Civil da Presidência da República, que tinha sido designado pelo Presidente Juscelino, com a missão de constituir o Iate Clube de Brasília. Quando foi fazer o registro de uma segunda ata de fundação do Iate, no mesmo cartório de Planaltina (único da época), o escrivão mostrou os documentos de um Iate Clube de Brasília que já existia em registros, desde setembro de 1959.

Foi então que Sylvio Pedroza nos apresentou as duas atas de constituição do Iate que tinham sido lavradas nos dias 05 e 07 de abril de 1960, em uma das dependências do Brasília Palace Hotel (próximo ao Palácio da Alvorada), sendo estas subscritas por Ministros do então Governo e por alguns amigos íntimos* do Presidente Juscelino. Naquela ocasião, nos disse que a minuta de um Estatuto do Clube, já tinha sido redigido e que também o seu grupo já havia designado uma Comissão Organizadora, composta pelo Dr. Geraldo Carneiro, pelo Dr.Newton Andrade e por ele, Sylvio Pedrosa, cabendo-lhe as providências para que os objetivos fossem alcançados. Ele nos informou, ainda, que a Secretaria do pretendido clube estava provisoriamente sediada em seu apartamento, na SQS 208, e que já tinha convidado o Sr. Antônio Cunha, para ser o executivo do Clube e o responsável pela venda dos primeiros títulos de sócios proprietários aos funcionários graduados do governo JK, diretores e engenheiros da Novacap e das empreiteiras encarregadas pela construção da nova capital.

Vista da Sede náutica provisória, cais e o lago em 1960
Vista da Sede náutica provisória, cais e o lago em 1960.

Assim, depois de inteirados da situação e ao analisarmos os fatos, no dia 06 de junho de 1960, na sala do fundador Agnelo Paz Sobreira, Chefe de Divisão de Contratos do Departamento Imobiliário da Novacap (Situado na W3 Sul), decidimos entrar em acordo com Sylvio Pedrosa e incorporar os reais fundadores do Iate Clube de Brasília que ainda estivessem residindo em Brasília, reservando-se também, para estes, os primeiros títulos de sócio patrimonial proprietário, cabendo-me o de n° 13. Não podíamos deixar de atender a uma solicitação do Presidente Juscelino, porque não se justificava outro tipo de posicionamento. Depois desse acordo ter sido colocado em prática, Sylvio reuniu a nossa turma e com o apoio do Presidente JK, distribuiu missões, iniciando com a obtenção do terreno para edificação do Iate Clube inicialmente quarenta mil metros quadrados), por doação feita da Novacap, diante da resolução do seu Conselho de Administração, na sua 128° reunião.

A escolha do local foi registrada pela foto tirada em 30 de abril de 1960, muito bem guardado por mim, como relíquia, que estou doando ao nosso Memorial, em tão boa hora criado. Pode-se ver as figuras do Sylvio, Aloysio, Chico Mainberg, Antonio Cunha, Agnelo e eu, ladeados pelo mestre de obras e um engenheiro da construtora que, imediatamente, iria começar as obras projetadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer, no plano original do Clube. Com a fusão das duas fundações do Iate, passou-se a considerar, o dia 05 de abril de 1960, como sendo a data da fundação definitiva do Iate Clube de Brasília. E é desta forma que Álvaro Sampaio termina a primeira parte de seu relato, nomeando a seguir, os amigos do Presidente Juscelino Kubitschek que, a seu pedido, figuraram na lista de Fundadores do Iate Clube de Brasília: Geraldo de Andrade Carneiro, Sylvio Piza Pedrosa, Newton Andrade, Aluizio Alves, Oswaldo Penido, Victor Nunes Leal, Carlos Alberto Quadros, Geraldo Gomes de Lemos, Francisco Monteiro de Almeida Filho, Lídio Lunardi, Oscar Niemeyer, José Aquino Porto, José Aparecido, Dilermando Silva, João Milton Prates, Armando Falcão, João Napoleão de Andrade, Armando Leite Rolemberg, Mauro Borges Teixeira, Carlos Murilo dos Santos, João Luis Soares, José Ferreira de Castro Chaves, Cesar Prates, Marco Paulo Rabello, Lourival Ferreira Carneiro e Antonio Augusto da Cunha (Secretário Executivo, que lavrou as Atas).

Esta história sobre a fundação do Iate Clube de Brasília foi relatada pelo Fundador Álvaro Alberto Sampaio.

 
 

Nascido na cidade mineira de Diamantina, no dia 12 de setembro de 1902, Juscelino Kubitschek de Oliveira foi, desde o início, um dos grandes incentivadores da construção do Iate Clube de Brasília. Tinha por nossa instituição um carinho especial e a ela se referiu certa vez da seguinte forma: “O Iate é, de muito, a sala de visita da nova metrópole”. Por tudo o que fez pelo Brasil e pela ligação que tinha com o Iate, Juscelino foi escolhido o patrono do clube.

Desta forma, o Site do Iate dedica diversas páginas para lembrar um pouco da vida e obra deste notável brasileiro e reverenciar todo seu legado. Também como forma de homenagear a figura humana e histórica de Juscelino, o Iate criou a Regata JK, que, em 2003, chega a sua 10ª edição. Aqui você encontrará informações sobre a Regata JK e sobre a vida de Juscelino Kubitschek de Oliveira, incluindo fotos históricas. Também encontrará depoimentos preciosos de pessoas que conviveram intimamente com Juscelino e que deram uma noção mais humana do caráter e presença de espírito deste mineiro inesquecível.

Em homenagem ao fundador
Todos os anos, no mês de setembro, o Iate Clube de Brasília realiza a Regata JK, uma das provas náuticas mais tradicionais da cidade e que reúne os principais velejadores dos clubes da região. A partir de 2014, a tradicional competição se tornou a principal regata da Semana JK de Vela.

As atividades de planejamento, organização do acervo histórico, cultural e esportivo do Iate Clube de Brasília iniciaram-se no dia 12 de agosto de 2001. Preservar sua história é um hábito de fundamental importância para qualquer instituição. E aqui, no Iate, nós temos a preocupação de registrar todos os fatos marcantes de nosso clube, de modo que tudo possa ser resgatado pelas gerações futuras. Para isso, existe o Memorial. Lá estão armazenados fotos, textos, troféus, quadros, móveis e outros pontos importantes da história do Iate Clube de Brasília. Se você tem alguma foto histórica ou alguma publicação antiga sobre o Iate, não deixe de procurar o Memorial. Ele está localizado na antiga Sede de Madeira e nossos funcionários terão o maior prazer em receber sua doação. As atividades de planejamento, organização do acervo histórico, cultural e esportivo do Iate Clube de Brasília iniciaram-se no dia 12 de agosto de 2001.

 

Acervo:

  • Fotografias;
  • Troféus;
  • Telas em várias técnicas;
  • Boletins;
  • Revistas;
  • Atas;
  • Fitas de vídeo.

Serviços:

  • Pesquisa;
  • Arquivamento de fotografias, boletins e jornais, bem como revistas alusivas ao Iate;
  • Exposições;
  • Identificação de troféus.

Localização:

  • Prédio da 1° Sede Social do Clube (Em madeira)

Doações de fotos, revistas, troféus, livros ou outro material histórico que venha enriquecer o acervo do Memorial serão recebidos na antiga Sede Social.

O acervo do Memorial JK, em Brasília, é um tesouro histórico. Lá, estão catalogadas milhares de fotos de Juscelino Kubistchek de Oliveira. Momentos marcantes de um dos brasileiros mais influentes e importantes do século passado. Buscando retratar um pouco da vida de JK, o Iate selecionou alguns momentos do Ex-Presidente. Na maioria das fotos, Juscelino aparece sorrindo, com o mesmo semblante pacífico e conciliador que foi uma de suas marcas registradas e que deixaram saudades.

CORONEL AFONSO HELIODORO

Que Juscelino Kubistchek foi um grande homem, a população brasileira toda sabe disso. Portanto, confira o que pessoas próximas a JK têm a falar sobre ele:

“A história que mais me marcou com Juscelino aconteceu durante a época do exílio na França. Essa fase eu jamais esquecerei porque fui morar com ele em Paris e nosso convívio foi muito intenso. Me lembro até hoje de nosso endereço na capital francesa: Boulevard Lannes, 65.

Juscelino era um homem que amava o Brasil e amava as pessoas. E no exílio sentia-se extremamente triste por estar afastado de seu país, longe de sua família e dos amigos. Ele era uma pessoa que precisava estar sempre perto de quem ele gostava, do tipo que não conseguia tomar um café sozinho. Me lembro que em tarde chuvosa aconteceu um episódio que eu nunca vou esquecer. Juscelino, sentindo muita saudade, estava particularmente triste e quando o vi, ele estava com a cabeça encostada no vidro da janela, observando a chuva e a rua. Ele dava suspiros tão grandes que a minha impressão era de sua alma sairia pela boca.

Vendo aquela cena, tratei de pensar em uma maneira de animá-lo. Disse a ele que iria dar um jeito dele morrer enforcado no Mastro da Bandeira da Praça dos Três Poderes em Brasília porque aí, pelo menos, ele morreria como herói e não iria acabar a vida nessa tristeza imensa em Paris. Juscelino riu e descontraiu um pouco com a brincadeira.

O que fizeram com ele, ao exilá-lo, foi uma pena dura demais para um homem que só pensava no Brasil e só queria viajar por aqui. Ele ficou proibido de ser eleito, de visitar seu país. Transformaram um homem grandioso como Juscelino em um pária social.”

“Escolher a história que eu mais gosto com Juscelino seria impossível. Mas os momentos dele na construção de Brasília são interessantíssimos. Eu acompanhei toda a construção de Brasília com Juscelino. E me lembro bem do primeiro dia que ele chegou aqui onde seria construída a capital. Foi em 1956 e não existia nada aqui. Nós dormimos em uma fazenda velha lá perto de onde hoje existe o Country Clube. Só tinha praticamente um quarto para ele e o resto da comitiva dormiu em redes improvisadas.

No dia seguinte, ele foi visitar a área onde seria construída a Praça do Três Poderes. As barracas ainda estavam sendo montadas e os trabalhos não tinham nem começado. Ele parou no meio do mato, olhou tudo ao redor, e começou a dizer onde é que ficaria cada coisa. Ele apontava e dizia: “ali vai ser o Palácio do Planalto. Ali vai ser a Praça dos Três Poderes, ali vai ficar o Congresso…”. Era como se ele estivesse vendo tudo pronto. E a gente ficava olhando aquilo e pensando: “Será que vai dar tempo”. Só tinha mato em volta.

Juscelino vinha a Brasília pelo menos duas vezes por semana. E quando chegava, ia logo visitando os canteiros de obra, um a um, com o Israel Pinheiro. Numa dessas visitas, me lembro que estava chovendo bastante e o piloto disse que estava difícil para aterrisar. Ele disse que era para esperar para ver se o tempo melhorava e nós ficamos uns 40 minutos sobrevoando a cidade até que deu para descer.

Ele saiu logo para ver as obras e foi visitar o lugar onde estavam construindo o Palácio da Alvorada. Quando chegou lá, vestido com uma grande capa de borracha, pois ainda estava chovendo muito, Juscelino parou perto de uma pessoa que estava batendo umas estacas. Ele bateu nas costas do cara e disse: “E aí? Essa obra vai ou não vai?” Quando o homem virou para ver quem era e viu que era o Presidente, respondeu rapidinho: “Vai, presidente. Pode ficar sossegado que essa obra vai”. E começou a bater na estaca o mais rápido que podia. Juscelino conseguia fazer isso com as pessoas. Ele imprimiu de forma carinhosa um espírito especial em todos que ajudaram na construção de Brasília.

CARLOS MURILO

75 anos, primo de JK, foi praticamente criado por Juscelino. Conviveu com ele desde os 16 anos e acompanhou os momentos mais importantes da vida política do Ex-Presidente, inclusive a construção de Brasília

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