Enquanto o sol do verão europeu brilhava, um motorhome cortava estradas de país em país. Dentro, raquetes de squash, mochilas cheias de histórias e a família Ávila transformando cada parada em quadra, cada camping em lar temporário e cada desafio em memória.
A viagem – que começou como uma aventura esportiva – ganhou contornos de descoberta pessoal. Em cada cidade, a busca por clubes e quadras revelava não apenas novos adversários, mas novas culturas, amizades e formas de viver o esporte. Até que, no meio do caminho, surgiu o European Open: “Por que não?” era a pergunta óbvia. E lá estavam eles, carimbando no passaporte muito mais que fronteiras e, sim, experiências que nenhum troféu sozinho poderia representar.
“O esporte une famílias, e o resultado pouco importa”, poderia ser o lema da turma. Para os Ávilas, o squash é a desculpa perfeita para uma filosofia de vida: a vida é longa demais para só competir; as glórias vêm quando devem vir. Entre partidas, os “perrengues” da estrada – um motorhome quebrado, uma quadra improvisada, um jogo sob o céu inesperado – valiam mais que qualquer ponto marcado.
A Vice-Diretoria de Squash saúda os Ávilas por mostrarem um lado menos competitivo e tão prazeroso quanto. A vice-diretora, Sílvia Frabetti, também deixou uma mensagem: “Parabenizamos a família Ávila, em especial Lucas, atleta da escolinha do Iate desde dos 7 anos, e a cada ano vem se dedicando cada vez mais no esporte que agora é Olímpico, muito disciplinado e dedicado vem conquistando seu espaço.”
E no meio de tudo isso, um marco: a classificação para o Mundial Juniors de Squash no Cairo, Egito, torneio que o país não sediava há 29 anos. Representando o Iate Clube e o Brasil, Matheus Frabetti encara mais um desafio nas quadras.
