De janeiro a junho de 2025, foram registrados 2.073 acidentes com o animal peçonhento no DF
Nos primeiros seis meses de 2025, o número de casos envolvendo escorpiões no Distrito Federal aumentou 43,75%. De janeiro a junho desse ano, foram registrados 2.073 acidentes.
Em 2024, foram mais de 195 mil casos em todo o Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. O risco de aparecimento desses animais cresce com as altas temperaturas e a presença de entulhos. Para prevenir, limpeza e higiene são as melhores estratégias. Algumas dicas práticas para implementar são:
- acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos
ou outros recipientes que possam ser mantidos
fechados, para evitar baratas, moscas ou outros
insetos que são alimentos para os escorpiões; - manter jardins e quintais limpos;
- evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo
doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas; - sacudir e examinar roupas e sapatos antes
de usá-los; - evitar colocar as mãos sem luvas em buracos,
sob pedras, troncos podres e em dormentes da
linha férrea; - em casas e apartamentos, utilizar soleiras nas
portas e janelas, telas em ralos do chão, de
pias e de tanques; - vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos
e vãos entre o forro e a parede; - afastar as camas e os berços das paredes; e
- evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão.
Perfil do animal :
O escorpião é responsável pela maioria dos acidentes de animais peçonhentos no Distrito Federal, sendo o amarelo o mais comum. Podem ser encontrados ainda o escorpião preto e o de patas rajadas. Eles vivem em locais como ralos, encanamentos, bueiros, matas fechadas e quintais.
Eles são predadores e alimentam-se principalmente de insetos e outros invertebrados. Os predadores naturais são algumas aves, répteis (como lagartos e lagartixas), anfíbios e algumas espécies de aranhas. Os escorpiões gostam de se esconder
em lugares escuros, úmidos e com temperaturas quentes, principalmente durante o dia. Em caso de acidentes, lave a região da picada com água e sabão, mantenha o local da picada em posição confortável e procure atendimento médico. Jamais aplique qualquer tipo de substância no local, como álcool ou urina.
Segundo o biólogo da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Israel Moreira, a principal orientação ao sofrer uma picada é ir imediatamente para uma unidade de saúde e manter a tranquilidade. “Todos os hospitais têm o soro, mas
nem todo caso requer o uso, porque em 90% dos acidentes, os sintomas manifestados são leves, como dor, vermelhidão e inchaço.
O ideal é que os atendimentos sejam feitos em até 1h, porque não sabemos como o caso vai evoluir”, explica. Todos os escorpiões são venenosos e os riscos aumentam de acordo com a quantidade de veneno injetado e no quão nocivo o veneno de cada espécie é para os seres humanos. Os públicos mais afetados são crianças e idosos. Israel conta que para as crianças, o caso pode se complicar devido à relação da quantidade de veneno versus peso corporal. Já para idosos, essas pessoas costumam ter o organismo debilitado.
Para a captura, é preciso ligar para a vigilância ambiental pelo número 160. “A equipe deve ser acionada para vistoriar o local, fazer capturas de eventuais escorpiões e indicar medidas preventivas que devem ser adotadas”, destaca o biólogo. “Acionar a vigilância é essencial para prevenir novos acidentes e identificar o que está favorecendo a entrada de escorpiões na casa.”
Os hospitais que disponibilizam soros antivenenos contra picadas de escorpiões no DF são:
. Hospital Materno Infantil de Brasília (atendimento exclusivo para crianças de até 13 anos,11 meses e 29 dias)
. Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
. Hospital Regional do Guará.
. Hospital Regional de Brazlândia .
. Hospital da Região Leste (Paranoá).
. Hospital Regional de Ceilândia.
. Hospital Regional do Gama.
. Hospital Regional de Santa Maria.
. Hospital Regional de Planaltina.
. Hospital Regional de Sobradinho.
. Hospital Regional de Taguatinga.
Em caso de dúvidas sobre escorpiões, entre em contato com a assistência toxicológica da SES-DF: 0800 644 6774.