O Conselho Deliberativo aprovou, em reunião realizada na última segunda-feira (12), os regulamentos que disciplinam direitos e deveres de atletas e equipes que representam o Iate em competições oficiais, bem como o uso das churrasqueiras e do Iate TV.
Presidente da Comissão da Área Esportiva, o conselheiro Edward Cattete explicou que a atualização das regras visa dar preferência a modalidades olímpicas e pan-americanas, com federações formalmente estabelecidas no DF e que tenham regularmente campeonatos locais, regionais, nacionais e internacionais.
E reforçou que a permanência dos atletas nas equipes de competição dependerá de critérios técnicos e do atendimento às demais exigências regulamentares, previstas inclusive no Estatuto do Clube.
“É imprescindível o monitoramento constante das atividades dos atletas e avaliação periódica do atendimento dos seus programas de trabalho e condições pactuadas”, observou.
Uma novidade é a criação de uma instância recursal, constituída por cinco integrantes, para prestar suporte ao Conselho Diretor em assuntos relacionados aos atletas e equipes de competição.
“Assim, acreditamos que o Iate promoverá a composição de representações esportivas fortes, que valorizem a marca da nossa instituição e, por consequência, o título patrimonial dos sócios”, completou Cattete.
Churrasqueiras
Com vista privilegiada do Lago Paranoá e bastante utilizada pelos iatistas, a área das churrasqueiras também passa a ter regras mais claras. O objetivo é democratizar o acesso e garantir a boa convivência entre associados nestes espaços de lazer.
A comissão especial que analisou o tema, presidida pelo conselheiro Sílvio Bonfim, fez ajustes em relação à proposta enviada pelo Conselho Diretor. Vetou, por exemplo, a criação de taxa mediante reserva, manteve a possibilidade de o sócio fazer a solicitação pessoalmente na Secretaria Social e reduziu de sete para cinco dias o prazo para cancelamento da locação.
“As medidas oferecem mais atrativos e maior conforto à Família Iatista e seus convidados”, sustentou Bonfim.
Um ponto que gerou debate é o que trata do barulho excessivo produzido por caixas de som, música ao vivo e karaokê em alguns eventos. Presidente do Conselho Deliberativo, Edison Garcia enfatizou que o Iate está submisso aos limites estabelecidos pela Lei Distrital 4.092/2008, conhecida como Lei do Silêncio.
“Já existe uma regra sobre som em ambientes. O que precisamos, portanto, é definir como isso vai ser medido, é isso que precisamos balizar. Acho importante que cada um possa ter seu evento com tranquilidade, respeitando os demais usuários”, ponderou.
O comodoro Luiz André Reis seguiu a mesma linha. “Para colocar uma regra em que se define o parâmetro numérico, você tem que dizer o critério. Senão você jamais vai conseguir provar que está fazendo muito barulho. Definir o nível, sem dizer como e a que distância vai medir, não resolve nada”, alertou.
Após ampla discussão, ficou definido o limite de 65 decibéis, conforme lei vigente no DF, que devem ser medidos a partir da churrasqueira imediatamente vizinha.
Em outro aspecto, a comissão recomendou que o Conselho Diretor amplie a fiscalização e penalize o associado que reserve a churrasqueira e não a utilize, assim como aquele que demanda o espaço com o único objetivo de emitir convites para usufruir das demais dependências do Clube.
Iate TV
O regulamento do Iate TV é outro que está mais moderno. Na visão do presidente da comissão que examinou o assunto, conselheiro Ronaldo Monte Rosa, o documento aprovado representa os interesses do quadro social.
“Regulamos tudo que foi possível, desde a temperatura do ar-condicionado até a proibição de comer no local. Detectamos os grupos de sócios que frequentam o espaço do Iate TV e procuramos contemplar a todos. Chegamos a um texto que define bem para que ele é destinado”
Monte Rosa citou como exemplo o carteado. “Temos as mesas de jogos, se houver jogadores presentes, eles têm prioridade para sentar e jogar. Temos uma mesa de uso coletivo, voltada àqueles que querem usar equipamentos eletrônicos. A mesa de xadrez permanece lá, assim como o piano. E temos os lounges para quem gosta de ver TV, ler jornal ou tomar um café”.
Ao fim de todas as deliberações, o comodoro Luiz André Reis pediu a palavra para esclarecer a situação do Bar dos Cunhados. Relatou que o negócio, administrado por três irmãos, teve o contrato renovado sem licitação nos últimos anos, em desacordo com o que prevê o Estatuto do Iate.
“Além disso, há um problema relacionado à Vigilância Sanitária, o restaurante não atende hoje as mínimas condições de saúde. Ele vai ser totalmente refeito. Também chegou ao meu conhecimento que a filha de um dos donos descobriu uma fraude entre a família”, disse.
Acrescentou que há processos em aberto na Justiça, o que inviabiliza a permanência do concessionário. “Esse tipo de coisa nos coloca em risco. Não podíamos deixar essa situação continuar à revelia, colocando em risco a questão fiscal e a saúde do sócio”
Reis pontuou que uma nova empresa será escolhida por meio de licitação, que, segundo ele, determinará um percentual sobre as vendas. “Estamos contratando uma empresa que vai implementar um sistema de cartões de cobrança. Coloca o crédito e você pode comer no restaurante, colocar gasolina. Vamos controlar todas as receitas que entram, repassamos aos concessionários, já deduzido o percentual que é devido ao Clube”, finalizou.