Na última segunda-feira, 21, aconteceu, em formato híbrido, a Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo. O presidente do colegiado, Edison Garcia, conduziu os trabalhos, que contou com a participação de 35 Conselheiros presencialmente e outros 19 de forma virtual.
Na pauta, assuntos estratégicos relacionados à administração do Iate Clube, os quais afetam, diretamente, o dia a dia dos Sócios. Os temas foram apresentados nas duas últimas edições do Jornal do Iate, oportunidades em que entrevistamos os Conselheiros Edward Borba e Edward Cattete acerca das considerações amplamente discutidas entre os membros das Comissões que presidem.
Durante a reunião, o pleno do Conselho Deliberativo analisou e aprovou, por unanimidade, os Pareceres da Comissão de Governança, Inovação e Compliance (GIC), referentes às seguintes matérias propostas pelo Conselho Diretor: o Regimento Interno da Comissão de Licitação; e o Programa de Tecnologia da Informação e Inovação 2020/2023 – PTII.
Segundo Borba, presidente da Comissão GIC, o Regimento visa suprir uma lacuna, identificada pela atual gestão, acerca dos procedimentos de aquisição adotados pelo Clube. Em suma, busca organizar a governança; melhorar e padronizar os processos internos; e tornar perene e permanente as ações relacionadas aos certames licitatórios.
No parecer, a Comissão elogiou o trabalho desenvolvido e fez pequenas observações pontuais na redação. Mas, ponderou que o Iate precisa investir na modernização de seu processo, dando mais autonomia de alçadas de autorizações aos gestores para compras corriqueiras.
Oportunamente, o Comodoro Flávio Pimentel comentou que alguns passos já foram dados neste sentido, como a fase finalística da implementação de assinaturas digitais; o desenvolvimento do aplicativo do Clube; e a contratação de uma empresa para criação do chatbot do Iate.
Entretanto, considerando que o PTII submetido ao Conselho Deliberativo não tem previsão de seu custo, o colegiado aprovou recomendação da comissão de que, em 45 dias, a Comodoria apresente um orçamento para as propostas de investimento em TI e o respectivo cronograma de execução. Sabe-se que investimentos em tecnologia demandam vultosos investimentos e se faz necessário um orçamento consistente para os próximos exercícios.
Após análises e discussões entre os membros, o plano foi aprovado por unanimidade, com as seguintes ressalvas: acréscimo dos respectivos orçamentos e fontes de recursos para os projetos elencados; e criação de um cronograma de planejamento que contemple o período integral da gestão, refletindo a capacidade de investimentos nos projetos em cada exercício e com os aportes necessários. Foi apresentada ainda uma emenda, a qual determina a previsão do plano quanto ao que prevê a Lei Geral de Proteção de Dados, tendo em vista o prazo legal para adequação das empresas à norma. A peça revisada deve ser enviada ao Conselho Deliberativo em 30 dias.
Outro item da pauta gerou um debate enriquecedor entre o pleno: a atualização do regulamento das escolas esportivas do Iate, conforme proposta de revisão enviada pelo Conselho Diretor. De acordo com o Conselheiro Edward Cattete, presidente da Comissão da Área Esportiva, os membros se debruçaram na proposta a fim de apresentar soluções para alguns problemas crônicos, como o alto índice de absenteísmo e as filas de espera, em especial nas escolas de natação, judô, patinação, tênis e beach tennis.
“O custo das escolas esportivas representa um significativo percentual no orçamento do Clube, sendo a gratuidade atual coberta pela taxa de contribuição mensal paga por todo o Quadro Social. Essa realidade e as novas despesas decorrentes do aumento da capacidade das escolas foram consideradas pela Comissão”, apresentou Cattete.
Neste sentido, a Comissão propôs maior rigor no controle da presença dos alunos e a revisão da gratuidade nas escolas esportivas a partir de janeiro de 2022, passando a ser onerosa a inscrição dos alunos nas escolas.
Após ampla discussão entre os Conselheiros, colocada a matéria em votação, foram aprovadas, pela maioria do pleno, alterações na redação do regulamento e acatada a emenda de plenário apresentada, prevendo a gratuidade na primeira escola e onerosa a partir da segunda, cujos valores serão definidos pelo Conselho Diretor e apresentados na peça orçamentária para 2022.
“Foi uma reunião produtiva, com a discussão de temas que trarão dinamismo e modernidade para o Clube. Além disso, tratamos a questão do regulamento das escolinhas esportivas, tema que suscita debates há alguns anos, mas sem grandes avanços. Esperamos que os Sócios ajudem a administração do Clube na redução do absenteísmo e das filas daqueles que esperam sua vaga nas turmas. O que temos visto são turmas vazias por faltas, enquanto crianças aguardam uma vaga. Os investimentos em professores e equipamentos para as escolinhas são elevados. Elas são um orgulho para o Clube, mas as ausências recorrentes das crianças estão se tornando preocupante”, finalizou o Presidente Edison Garcia.