Conhecida pela mobilidade e pelo alto uso das bicicletas, a Dinamarca será um país que será lembrado com carinho pela Iatista Vitória Viegas. Lá, a velejadora está estreando em campeonatos internacionais com a classe 29er.
Campeã brasileira na classe Optimist, Vitória mudou de barco no início do ano, durante o XXX CBI de Vela – Copa da Juventude, e o resultado foi empolgante. O torneio disputado no Iate Clube de Brasília em fevereiro rendeu a segunda colocação para a jovem velejadora.
Aos 16 anos, Vitória já coleciona provas disputadas no exterior e entre os países nos quais ela já velejou estão: Itália, México e Bahamas. E se ela já está acostumada a competições internacionais, a resposta é direta: “Estou acostumada, mas cada torneio é diferente, sempre tem algo novo para aprender”.
A velejadora mantém um carinho especial pelo Optimist, mas o novo barco é muito especial também. O 29er, como explica Vitória Viegas, demanda mais do físico, “sendo mais cansativo”. Por ser mais desafiador e uma embarcação mais veloz, ela relata que é muito prazeroso de velejar. “Estou reaprendendo a velejar. O 29er é diferente de tudo, ele plana muito, o que faz com que os princípios básicos de velejar sejam diferentes, ele é contra intuitivo”. A velejadora ainda afirma que “quando você orça, você ganha mais pressão. É muito diferente, estou aprendendo aos poucos e tenho gostado muito, é um barco muito gostoso de velejar”.
Neta do fundador do Iate, Adeildo Viegas de Lima, a família de Vitória faz parte da história do Clube: “Acho que não sabendo administrar isso pode virar um peso, mas eu tive que aprender a lidar com isso”
Tendo o Clube como uma segunda casa, Vitória destaca o apoio emocional e técnico que recebeu desde que decidiu ser uma velejadora. Ela entende que como o Iate se destaca na formação de atletas, que, no futuro, se tornam técnicos e formam novos campeões, assim, se tem um ciclo virtuoso.
Da mesma geração de velejadores Iatistas, está um grande rival que se tornou melhor amigo. O campeão da Copa da Juventude, Renato Lunetta, que hoje está na classe ILCA, é o velejador que, segundo Vitória, propiciou uma “disputa saudável e a ajudou a crescer”.
Com a mesma idade, a dupla talentosa forma uma rede de apoio importante, por viver dilemas parecidos, afinal, é um desafio ser adolescente e ainda ter uma rotina de atleta de alto rendimento: “Os técnicos acabaram nos juntando. Ele é uma pessoa de ouro, ele é o oposto de mim e a gente acaba se entendendo”