O nobre propósito do Iate in Concert foi alcançado na última quinta-feira (31), no Salão Social do Iate Clube. As 21 instituições indicadas pelos patrocinadores e pelo Governo do Distrito Federal (GDF) receberam as 27 toneladas de cestas básicas arrecadadas no evento, hoje consagrado e premiado nacionalmente com o “Oscar dos Clubes”, outorgado em 2016 pela Fenaclubes.
Representando o Iate Clube de Brasília, estavam na solenidade a comodoro em exercício, Cecília Moço; o segundo vice-comodoro, Gilson Luz; o presidente do Conselho Deliberativo, Edison Garcia; a diretora Cultural, Silvia Frabetti; a presidente do Emiate, Eliete de Pinho Araújo; e o 1º secretário do Conselho Deliberativo e patrocinador do Iate in Concert, Felipe Rocha.
A cerimônia foi aberta com um breve discurso da Comodoro em exercício, Cecília Moço. Na oportunidade, ela destacou que o público de três mil pessoas da nona edição do Iate in Concert gerou um novo recorde de doações.
Cecília Moço ainda ressaltou que, desde o início, o Iate in Concert trouxe o conceito de unir música à solidariedade.
“Implementado em 2015, na gestão do então comodoro Edison Garcia, o Iate in Concert é o evento mais bonito e mais clássico que o Iate Clube tem em sua agenda cultural, fruto da parceria com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro e a Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal”.
Em nome dos novos patrocinadores, o advogado e conselheiro Felipe Rocha estava emocionado em participar pela primeira vez como apoiador do projeto: “Estamos muito satisfeitos com essa ação social belíssima que o Iate nos ajuda a realizar. A gente tem certeza de que essas doações, que os senhores estão vendo, vão chegar na mesa de quem precisa. Acho que isso é o que mais nos reconforta”.
Idealizador do espetáculo, que chegou à sua nona edição em 2024, o presidente do Conselho Deliberativo, Edison Garcia, falou do legado que coaduna música erudita e responsabilidade há 10 anos. E exaltou a parceria de sucesso com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, na figura do maestro Claudio Cohen, e com o GDF.
“Sem a orquestra e o GDF, que sempre estiveram com a gente, não seria possível ajudar tantas famílias carentes.
Nosso Clube é marcado em sua história por conectar gerações por meio de eventos que fazem parte do calendário de Brasília, e o Iate in Concert representa isso”, ressaltou.
Um dos primeiros apoiadores do Iate in Concert foi o empresário Marconi Antônio, da ValeShop. “Essa festa é muito interessante para nós porque abriu duas portas: o lado cultural e o lado social. Quero cumprimentar toda a direção do Iate, que dá essa oportunidade para nós, empresários.
Falo em nome dos antigos e dos novos”
Representando a primeira-dama do DF, Mayara Rocha, Talita Mattosinhos pontuou as ações solidárias do poder local. “Estou representando o governo do Distrito Federal em uma campanha chamada ‘Solidariedade Salva’, uma campanha permanente no qual a gente atende todas as regiões administrativas do Distrito Federal”, disse.
Após a segunda edição, o evento foi laureado como o melhor projeto cultural do país. Com isso, o discurso para angariar patrocinadores mudou. “No terceiro evento, eu chamei os empresários e disse: ‘olha, eu não chamei vocês aqui para pedir nada, eu chamei vocês para oferecer. Vocês querem colar a marca de vocês no melhor evento cultural, social e solidário do Distrito Federal?’”, relatou.
Márcia Muniz, que é ex-presidente do Ciate, representa hoje a Fundação CDL, uma das instituições beneficiadas pelo Iate in Concert. Ela explicou que a organização surgiu para ser um braço social da Câmara de Lojistas do DF. O papel é apoiar instituições capazes de atender crianças e jovens que estão em situação de vulnerabilidade social, além de promover a capacitação para que os atendidos no programa possam conquistar o “autossustento”
“Nessa trajetória, o alimento é o primeiro item. A gente abraça com muito carinho, mas o pão não pode faltar. O significado da gente poder participar disso, recolher essas cestas e direcionar para quem sabemos que realmente precisa é uma contribuição de almas e me dá um prazer, faz a gente se sentir muito mais gente. Temos tanto, compartilhar é um prazer”, afirmou.
Estar envolvida em um projeto social inspira e, como Márcia define, “fazer parte da história de outras vidas é muito bacana, faz a gente crescer mais”.