Formador de atletas vitoriosos, o Iate Clube de Brasília também é um ambiente favorável ao surgimento de profissionais diferenciados dentro do quadro social. A exemplo disso é Gabriel Carvalho, filho de sócios. Aos 19 anos, o jovem conseguiu aprovação em três universidades americanas que fazem parte da chamada Ivy League, que reúne oito instituições de excelência do ensino superior, como Harvard e Yale.
O caminho para os Estados Unidos começou a ser trilhado há cinco anos, quando a família decidiu pela mudança de país. Mesmo com um endereço distante do Brasil, Gabriel fala com carinho do Clube, que significa uma segunda casa para ele. “Somos sócios há muitos anos. Da escola, ia para casa almoçar e vinha para cá. E ficava das 14h até às 21h, porque eu fazia tênis, natação…”, relata. Inclusive, a mãe do universitário, Angela Marques, já foi diretora social.
Talvez os primeiros sonhos de cursar uma universidade fora do país tenham nascido dentro do próprio Iate, enquanto Gabriel se dividia entre as tarefas do colégio no espaço do Iate TV e as atividades físicas.
Mesmo com apenas 19 anos, ele demonstra confiança e a certeza de que escolheu o curso e a carreira dos sonhos. O plano de vida já está traçado; agora, ele vai estudar na Cornell University, localizada no estado de Nova Iorque, na cidade de Ithaca. A área de estudos escolhida ainda é uma incógnita no Brasil.
“Operations Research and Information Engineering”, com foco em Financial Engineering e minor em economics é o nome do curso escolhido por Gabriel. O que significa? O universitário explica que é um “curso de matemática com ciência da computação e engenharia para mercado financeiro”. A decisão pela Cornell, segundo o universitário, veio pelo fato de a instituição ser a melhor na área de engenharia entre as oito da Ivy League.
Nos próximos anos, o Iatista espera aprender algoritmos e habilidades científicas para prever o comportamento do mercado financeiro. Um ramo promissor que rende bilhões de dólares ao ano, de acordo com o estudante.
Gabriel ainda relata que aproveitou o ensino médio para se preparar para o desafio que começa em breve. Ele optou em cursar matérias que o habilitassem para conquistar o status atual.
“Acho que qualquer pessoa tem capacidade de fazer qualquer coisa”, disse. Gabriel lembrou de uma fala do vencedor do prêmio nobel e ex-professor da Cornell, Richard Feynmanm, quando perguntado se pessoas comuns conseguiriam alcançar os mesmos feitos do físico. “Claro que sim, porque ele é só uma pessoa comum que estudou bastante e se esforçou bastante”.